quarta-feira, 29 de junho de 2016

UM QUINTO POEMA SOPRA SILÊNCIO EM SUA DIREÇÃO.






Reclinado na poltrona da sala.
É tarde.
O verão apagou-se.


Tenho aqui
apenas o sonho
e a saudade de você.


Lá fora
chora uma chuva,
lembrando passados
que um dia fui eu.


Levantarei-me
desta poltrona
deixando meus sonhos
pelo chão.


Onde tenho
o meu pensamento?


Quero sorrir-te agora
e não posso.
Quero teu sorriso
e não tenho.


Ontem
foi um mau sonho
que alguém teve por mim.
Hoje, não sei.


Meu ser é a invisível curva
de sua ausência constante.
Minha consciência
de ter consciência de ti
é uma fonte de inspiração,
transpiração,
é você.


Apesar de uma
constelação de estrelas
reservadas
em meu interior,
tudo pouco importa.


Hoje murcharam
mais flores
do que ontem
em nosso jardim
de silêncio. 


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