Escrevo para
açoitar
as horas magras
e indeléveis,
e sobretudo
para dissipar a
dor
Persigo essa
profissão de fé a anos,
não atinjo lugar
algum
Ainda assim,
já fidelizei
sete leitores,
menos...
É como se tudo
fosse
a incompreensão
do nada,
aos 52, menos
ainda
Duros caminhos
de solas antigas
atravessam e
passam
feito pardal
negro
desgarrado do
horizonte
Essa chuva é
sóbria demais
para nos levar,
não furtará
momentos
esquecidos
Nosso tempo,
nossa era,
nosso o que?
Fica. A morte
ronda. Não vás!
Somos a
incógnita do que um dia
já fomos
Tudo ou nada, é
tão triste
que chega
a desalmar
nosso dia
Fujo
constantemente
da
responsabilidade
de viver!