Recolhi-me aos 40. Reuni coisas dispersas. Retornei passado aos 50.
Migú era, continua assim.
Loira, olhos claros e constantes,
piada campineira, sorrisos vários e
uma caipirinha na mão.
piada campineira, sorrisos vários e
uma caipirinha na mão.
João, que é cachorro ou taxista?
Osvaldinho, atrapalhando as palavras?
Cavalo velho, liderando a ponta da corrida?
O clima era bom. Tipo veranico de férias.
Sanduíche psicodélico com Beethoven.
Celebrare o Charles Ed com Rock Café.
Na Lagoa ou na Vila Madalena.
E Migú, sempre cercada de jovens
pássaros. Aqui,
acolá, dela prá cá e sempre.
Feito uma gaiola em busca deles.
Repetindo a história da corrente no velório.
Ou do ovo. Qual foi o ovo que matou teu sogro?
Dizíamos que ela precisava ficar com o Chefe.
Alguém deveria conter tudo aquilo,
afinal.
Migú, Migú, Migú,
que derrubou o Birão em Salvador
e deixou o Tessa estendido nos degraus do Rio
e outros ainda por vir...
Ás vezes ficava escondida,
imitava a Lua e suas fases,
mas nunca perdia o seu brilho de luar.
Eu a vi outro dia em meio a novos
pássaros coloridos.
A gaiola com a porta aberta os atraindo
para dentro.
Migú era, continua assim.
Uma boa pessoa
escondida em suas caricaturas da vida
escondida em suas caricaturas da vida
"eu sou pobre, mas limpinha..."
Migú era, continua assim.
Sempre mantendo a alma viva e virada do avesso.
Refletindo festa. Onde a magia não cessa.
Refletindo festa. Onde a magia não cessa.
A música não cala & a luz
não se apaga.
não se apaga.
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