sábado, 1 de julho de 2017

FÚRIA, RUFA FÚRIA!






Uma segunda-feira existente de dor.

Um campo vazio de sono.

Já tudo não é mais. Já foi. Partiu.

Fúria, rufa fúria!

Escuto minha pequena angústia latir
dessa janela perdida.

Onde foi que me deixaram? Todos se foram, eu fiquei?

Desalmado ando translúcido atrás de mim.

Busco o inexprimível,
esmago palavras atordoadas de dor,
fujo.

Fúria, rufa fúria!

Vejo pela pequena abertura que me permitem ver 
que tudo já não está no lugar.

Sono, dúvida, medo e dor, que mundo é esse que criei para mim?

Onde está o sol, o mar e as ondas? Os dias lindos 
que passavam lambendo meus cabelos, 
     afagando minha alma.

Permaneço aqui ouvindo passos na escuridão e 
aguardando o ataque final.

Fúria, rufa fúria!

O pobre lirismo dos loucos e abandonados não espera...


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