Meu amor eu gostaria
de escrever para você o poema definitivo.
Um poema que matasse a sede como um gole dágua bebido no escuro da madrugada.
Um poema que gemesse como um pobre animal palpitando ferido.
Um poema sem outra angústia que não a sua misteriosa condição de poema, triste, solitário, único, ferido de mortal beleza.
Tão lindo que só poderia ser lido dançando.
Um poema solto e livre como uma pedra largada no indizível infinito.
Um poema que assassinasse o poeta e que te matasse de amor. E que chegasse até você como um trovão para moer teu cérebro, para retalhar tuas coxas.
Um poema para dilapidar a riqueza de tua juventude e incinerar teu coração de carne.
E de tuas cinzas fabricar a substância enlouquecida das belas cartas de amor.
Um poema que matasse a sede como um gole dágua bebido no escuro da madrugada.
Um poema que gemesse como um pobre animal palpitando ferido.
Um poema sem outra angústia que não a sua misteriosa condição de poema, triste, solitário, único, ferido de mortal beleza.
Tão lindo que só poderia ser lido dançando.
Um poema solto e livre como uma pedra largada no indizível infinito.
Um poema que assassinasse o poeta e que te matasse de amor. E que chegasse até você como um trovão para moer teu cérebro, para retalhar tuas coxas.
Um poema para dilapidar a riqueza de tua juventude e incinerar teu coração de carne.
E de tuas cinzas fabricar a substância enlouquecida das belas cartas de amor.
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